quinta-feira, 5 de junho de 2014

''Uma guerra na minha mente''

Boa noite, meninas.
Queria dizer que eu ainda acompanho os blogs que eu sigo e que ainda postam alguma coisa. Esses tem me focado a ficar focado em mim... Enfim.
Sobre a minha alimentação, está tudo voltando. Aquela maldita mania de contar cada caloria consumida e descontar em alguma caminhada. Aquela estupida desculpa ''eu já comi'' ''não estou com fome'' ''estou enjoada para comer'' já até cansou os meus pais. E eu sinto uma dor imensa em ter que dizer essas coisas. Mas é como se eu tivesse transformado um outro alguém, dentro de mim, me mandando a ter nojo de comida. Por fim, têm conseguido.
Hoje na aula, tive uma aula dobre padrões de beleza. Tudo ótimo. Anorexia e Bulimia entraram no meio, claro. Vi diversas pessoas gozando sobre, as quais nem se quer sabem a diferença da ana e da mia, e que jamais saberão a tortura que elas fazem. Eu fico feliz por eles.
Quando outras professoras diziam sobre transtornos alimentares na sala de aula, elas sempre dizem os sintomas. Elas nunca falam do sofrimento, da dor, do massacre psicológico. Elas só dizem que isso é ruim, mas não justificam. Hoje, porém, essa professora disse. Ela destacou claramente a dor de ser bonita para a sociedade. Foi um dos poucos momentos que eu concordei. Mas, quando ela diz que temos que nos aceitar, isso eu jamais vou conseguir. Tenho dificuldade em ser quem eu realmente sou, e eu jamais vou negar isso. Por fim, essa aula foi um massacre para o meu eu, é como se pegasse em uma ferida profunda dentro de mim. O pior é que eu tenho que escrever uma redação sobre. Não quero transparecer sobre a minha experiência sobre o assunto. Talvez esconder seja possível. Enfim, ninguém vai ficar sabendo o quanto eu sofro ao me olhar no espelho.
Enfim, eu queria transmitir essas palavras. Não importa se ninguém vai ler, eu deixei esse registro aqui. Eu espero ler esse texto no futuro, quando estar magra e feliz, conseguir me olhar no espelho e sentir orgulho de quem eu me tornei. Quero rir e dizer que o sofrimento finalmente passou e que eu sou uma outra pessoa, totalmente diferente da qual eu sou hoje.
Fiquem bem, de coração.

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